ATUAÇÕES dos protagonistas do INTERNACIONAL 3-0 CRUZEIRO, Beira Rio, Porto Alegre, 04set19qua21h30, volta das semifinais da Copa do Brasil 2019, por FERNANDÃO ÁVILA:
TORCIDA CELESTE compareceu e alentou o time. (Síndico)
FÁBIO, sem culpa nos gols. No terceiro, podia ter agido melhor, ficou no meio do caminho, mas dificilmente seria possível evitá-lo. Está mais exposto, seja com o time com ou sem a posse de bola. Com a posse, é acionado seguidamente em situações nítidas de bico pra frente da zaga. Sem ela, a linha alta fatalmente o deixará na situação do terceiro gol mais vezes.
JADSON deve ter dirigido um: “Mas cê tem certeza, chefe?” ao Rogério na preleção. É difícil malhar um cara que está nitidamente mal escalado. Pior: mal escalado por 90 minutos. No ofício, foi mal tecnicamente, mal nas decisões, estava nervoso e não contribui com a construção ofensiva.
DEDÉ ia bem no jogo, até errar a jogada fatal, ao cruzar uma bola no meio campo com o time saindo. No mesmo lance ainda errou pela segunda vez ao “afundar” pra dentro do gol e esquecer o Guerrero. Na volta do intervalo contribuiu para a bagunça geral ao desistir de retornar ao gramado em cima da hora. Isso não é coisa de profissional. Avisa no vestiário: “Professor, o tornozelo tá meio bambo.” No mínimo o substituto já ia fazendo um aquecimento maroto, um cerca pombo ali. Não gostei.
FABRUNO é bola e vai dar jogador, mas abusou dos recuos para o Fábio, culpa que definitivamente não era dele. A faixa de campo que deveria cobrir na transição era enorme, o campo de defesa inteiro, porque o time só se aproxima quando está no campo de ataque. Ainda arriscou uma ou duas bolas, mas o time sem dinâmica ofensiva fazia bola retornar a ele rapidamente.
DODÔ recebe amor de muita gente, sem ter feito algo pra merecer. Pronto falei! Ele deve ter uns 10% da capacidade ofensiva do Egídio. Nesse jogo não deu amplitude ao time, que acabou por afunilar demais as jogadas. Teve um trabalho relativamente simples na marcação, porque o Dalessandro não tem velocidade, ao passo que o Jadson penou com o Nico. Ainda assim, perdeu duelos e não fez o adversário se preocupar com ele. Outro jogador que abusou dos recuos de bola.
HENRIQUE deve ter saído irritado com o chefe, que o expôs desnecessariamente. Um centroavante como o Guerrero, e você põe o Henrique na zaga? O Guerrero deve ser uns 10 cm maior que ele e uns 15 kg mais pesado pra começar. Mesmo assim deu conta do recado. No primeiro tempo, jogou num posicionamento de meia direita, tentando compensar um pouco a ausência de ultrapassagens do Jadson. No segundo tempo, sobreviveu.
ABRAL entrou pra ajudar o Robinho a conectar o jogo. Mas o contexto geral já era de bagunça e desânimo. Errou muitos passes. Mas esse é o resultado esperado quando o adversário está postado e seu time desorganizado. Deve ter ouvido pela primeira vez o Rogério lhe dirigir a palavra, enquanto o Dedé voltava pro vestiário pra fazer gelo
ROBINHO se houve melhor do que na última partida. Principalmente enquanto ainda havia um jogo de futebol, até o primeiro gol. Estava armando de trás e tentando chegar como surpresa na entrada da área adversária. Errou passes, mas em sua maioria passes que poderiam por um companheiro em situação de definição. Foi caindo com o time ao longo do segundo tempo, por problemas de ordem física, tática e anímica.
M GABRIEL esteve animado, mesmo quando o resto do time já não estava. Correu, arriscou de longe, marcou. Enfim, jogou bola sem beicinho mesmo vendo que tudo ia se acabar na quarta-feira.
NEVES: o grande mérito da era Ceni, até ontem, era ter achado a posição do Thiago. Como meia armador, ajudando na construção e finalizando da entrada da área. Por algum motivo desconhecido, foi posto pra jogar de costas pra zaga, afundado entre os beques do Inter. Isso prejudicou o seu jogo, embora ainda sim tenha mostrado vontade e participação enquanto tinha jogo.
EDERSON entrou pra evitar uma goleada histórica. Fez sua parte combatendo.
DAVID manteve-se animado durante o primeiro tempo, embora isso não resolva tudo. Tentou abrir espaços na ponta esquerda, cortando pra dentro. Mas o colega de ala raramente passava às suas costas. Justiça seja feita: Dodô passou umas duas vezes com qualidade, mas o passe foi interceptado. Ao entrar com a bola embolava com Marquinhos ou o Thiago que já estavam por ali. Tendo esses jogadores próximos optou pouco pelas tabelas, que poderiam dar melhor resultado. Sua característica melhor é o drible, que parece que ele vem aprimorando.
FRED, contrariando a regra, dessa vez entrou com sangue no olho, tentando ser a referência do time. Pivoteou, sofreu falta e tudo. Mas com dez minutos em campo, o Inter fez o segundo gol. Daí o desânimo foi geral.
ROCHA, escalado pra ser atacante que parte da ponta pra dentro, não teve espaço pra desenvolver sua velocidade, exceto no primeiro ataque do Cruzeiro no jogo, em que foi abafado pelo Lomba. Ainda participou pouco da marcação possibilitando ao Cuesta participar da construção de jogadas do Inter algumas vezes Não era jogo pra ele, já que o Inter manteve suas linhas baixas e organização defensiva o jogo todo. Era jogo pra centroavante abrir espaços. Isso o Pedro não sabe fazer, por isso passou o jogo todo encaixotado. Saiu irritado com o chefe, chutando tudo, o que piora a sua avaliação.
CENI teve uma jornada extremamente infeliz. Não me lembro de um técnico fazer tanta lambança em uma única noite no comando do Cruzeiro. No mesmo dia arrumou briga com parte do elenco por convicções frouxas. Indispôs-se com Léo, Edílson, Egídio e Henrique sendo injusto. Outra parte da turma: Pedrocha e Fred – também devem estar bravos com o chefe, esses dois sem motivo. Armou o seu time com jogadores amontoados na frente, na esperança de conseguir o tão sonhado jogo associativo, as tabelas e tal. Todos centralizados demais e com laterais sem presença ofensiva. Manteve o time exposto aos contragolpes o jogo todo. Insistiu nos erros de escalação: centroavante improvisado, volante improvisado, lateral improvisado, dobrando a aposta, improvisando um zagueiro.
CRUZEIRO, desorganizado, o time foi definhando a cada gol sofrido e a cada convicção perdida. Parece que entrou sem um plano claro de jogo, coisa que nunca acontecia nos tempos do Mano. A ideia era “vamos pra dentro dos caras”. Os “caras” estavam sempre postadinhos para o contragolpe e deram a bola para o Cruzeiro. Ante a marcação forte do Inter na intermediária, cansou de recuar bolas para a zaga e para o goleiro recomeçando as jogadas. O jeito mais fácil de entrar era por meio de triangulações nas laterais, mas concentrou o jogo no meio, e pôs gente de pouca qualidade nas alas. Ciente de seus erros, o time insistiu neles o quanto pôde.
INTERNACIONAL jogou um feijão com arroz foi mais que suficiente para a classificação. Começou o jogo trocando golpes com o Cruzeiro, de maneira até inconseqüente. Mas vendo que o adversário tinha imensa dificuldade de criar jogadas e ainda insistia em não se proteger adequadamente,se assentou no jogo e esperou as melhores chances para contra-atacar.
ÁRBITROS Não se fizeram notar.
MelhorDoJogo => HENRIQUE [[[10]]] Zuloobas, Penido, Romarol, Ramos, Galvão, Velloso, Anchieta, Fivestars, Klauss, Síndico —– FABRUNO [[[5]]] Sá, Bitencourt, Rosan, Fernandão, Rezende —– JADSON [[[1]]]Pedro —– DEDÉ [[[1]]] Pinheiro —– FÁBIO [[[1]]] Amaral —– DODÔ [[[1]]]Hiram —– CENI [[[2]]] King, Romeu —– GUERRERO [[[5]]] Ianni, Schrier, Walery, Pena, Alex —– DALESSANDRO [[[1]]] Setelagoas —– ODAIR [[[1]]] Angrisano…